quarta-feira, maio 31, 2006

Devias estar aqui rente aos meus lábios para dividir contigo esta amargura dos meus dias partidos um a um (...)

Bebido o luar,
ébrios de horizontes,
Julgamos que viver era abraçar
O rumor dos pinhais,
o azul dos montes
E todos os jardins
verdes do mar.
Mas solitários somos e passamos,
Não são nossos os frutos nem as flores,
O céu e o mar apagam-se exteriores
E tornam-se os fantasmas que sonhamos.
Por que jardins que nós não colheremos,
Límpidos nas auroras a nascer,
Por que o céu e o mar se não seremos
Nunca os deuses capazes de os viver.